Acho que a história é bastante intrigante e rocambolesca. O realismo e plausabilidade da história são um ponto forte neste texto, refletindo bastante bem o que era a realidade naquele tempo, por exemplo os costumes, as celebrações, a"depressão", os abusos a que as crianças em orfanatos eram sujeitas e a excessiva violência que era exercida sobre elas...
Outro grande ponto é a dimensão da história, indo além de uma mera narrativa, para conter elementos reais como, por exemplo, os símbolos usados nos enigmas, ou até mesmo as receitas e remédios. O clima de suspense e mistério presentes durante todaa ação, porém, com alguns momentos emocionantes à mistura, mantém o enredo vivo e dinâmico.
Gosto da forma como as personagens estão planeadas, por exemplo, o rei "louco" debilitado, o Mestre Oswyn, entre outros, mas em particular o protagonista Christopher, que, no início, é ainda muito inocente, imaturo e "fraco", mas que, ao longo do enredo, vai mudando drasticamente, tornando-se numa personagem bastante forte e destemida. E há ainda Benedict, uma personagem bastante misteriosa e interessante, mas que tem uma faceta sensível e uma ligação forte de "pai e filho" com Christopher.
O final é satisfatório, mas não sinto que necessite de uma continuação, apesar de um dos protagonistas ter escapado. Outro ponto negativo na história foi, de certo mdo, a "irrelevância" de algumas das personagens neste volume, como Sally.
Eu gostei da história e recomendo definitivamente o livro, acho que demonstra o talento que Kevin Sands tem como autor.
Ficha técnica:
A chave de Blackthorn, de Kevin Sands, D. Quixote. 328 pág., 2016
Classificação: 4/5 💛💛💛💛
Alexandre Rezende, nº1, 10ºA
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