Insurgente, escrito
pela americana Veronica Roth e lançado pela Porto Editora em 2011, é um livro que envolve diferentes géneros: ação, distopia, ficção
científica e romance.
Quando li o livro pela primeira vez, senti um
misto de reações: em primeiro lugar, logo no início da leitura, senti-me
confuso pois é o segundo livro da saga Divergente e não conheço a história do primeiro; em segundo lugar, senti
adrenalina a cada página que lia, pois leio tão vivamente e tão rápido que parece que estou
a viver a história ao lado da personagem principal. Esta adrenalina esteve
sempre presente devido ao modo como a autora conta a história, que foi escrita
na primeira pessoa, pois a protagonista é a própria narradora. À medida que a ação se desenrola, com ela vem a
felicidade, tristeza, suspense, surpresa, … um festival de emoções.
Durante a leitura,
houve partes do livro que me despertaram a atenção, pois tanto podem estar
presentes num livro, como na realidade do nosso dia-a-dia. As personagens da
história são cruéis, bondosas, corajosas, medrosas, inteligentes, … quando têm
uma qualidade boa, “compensam” com uma má, e penso que isso retrata algo do que
é a nossa sociedade moderna. Mas penso que o ambiente de conflitos em que as
personagens vivem tem muito a ver com o que elas são, pois foram criadas em
tempo de guerra.
Gostei do efeito de suspense
em certos momentos da história, que me deu a sensação de que algo de mau
estaria prestes a acontecer às “boas” personagens.
Para mim, o livro foi
bem escrito para o seu público (adolescentes entre os 14-17 anos), porque a
escrita é fácil de ler, as ideias são claras e o delineamento da história é
coerente. Este livro trouxe-me algo que foi debatido, usado e reutilizado, mas de forma completamente
inovadora, e isso foi aquilo de que mais gostei no livro.
Após a leitura, o livro
lembrou-me vagamente sobre o 1º Conflito Mundial, porque ambos são cenários de guerra, onde o
desespero leva as personagens a fazer coisas inimagináveis, como matar um amigo
para salvar uma cidade. Lembrou-me a I Grande Guerra pois, assim como na história, o ambiente estava
calmo (deduzo, pois este livro tem passagens do primeiro volume,o me que dá essa sensação,
mas o Insurgente é inteiramente coberto de guerras), mas, num ápice,
toda a gente estava a fazer aliados, inimigos e a preparar armadilhas. Como já
vi e já li sobre as pelejas mundiais, este livro não me afetou assim tanto
emocionalmente, mas uma guerra é uma guerra, e não consigo deixar de ficar com
receio pelas personagens durante o desenrolar da ação. Já tinha lido sobre guerras, como disse, portanto o livro
lembrou-me dessas tais vezes em que estava fascinado a ler sobre o que de bom e mau ocorreu durante os conflitos mundiais.
Recomendo, por conseguinte, a obra, tanto a jovens leitores que estão a começar a sua aventura pelo mundo da
leitura, como a leitores mais experientes, porque este livro é muito emotivo e foi uma leitura fantástica.
Ficha técnica: Insurgente, de Veronica Roth, Porto Editora, 376 pág., 2015
Classificação: 5/5 💛💛💛💛💛
José Miguel, 10ºA
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