segunda-feira, 15 de junho de 2020

Um livro rebelde





Insurgente, escrito pela americana Veronica Roth e lançado pela Porto Editora em 2011, é um livro que envolve diferentes géneros: ação, distopia, ficção científica e romance. 

Quando li o livro pela primeira vez, senti um misto de reações: em primeiro lugar, logo no início da leitura, senti-me confuso pois é o segundo livro da saga Divergente e não conheço a história do primeiro; em segundo lugar, senti adrenalina a cada página que lia, pois leio tão vivamente e tão rápido que parece que estou a viver a história ao lado da personagem principal. Esta adrenalina esteve sempre presente devido ao modo como a autora conta a história, que foi escrita na primeira pessoa, pois a protagonista é a própria narradora. À medida que a ação se desenrola, com ela vem a felicidade, tristeza, suspense, surpresa, … um festival de emoções.

        Durante a leitura, houve partes do livro que me despertaram a atenção, pois tanto podem estar presentes num livro, como na realidade do nosso dia-a-dia. As personagens da história são cruéis, bondosas, corajosas, medrosas, inteligentes, … quando têm uma qualidade boa, “compensam” com uma má, e penso que isso retrata algo do que é a nossa sociedade moderna. Mas penso que o ambiente de conflitos em que as personagens vivem tem muito a ver com o que elas são, pois foram criadas em tempo de guerra.

        Gostei do efeito de suspense em certos momentos da história, que me deu a sensação de que algo de mau estaria prestes a acontecer às “boas” personagens.

        Para mim, o livro foi bem escrito para o seu público (adolescentes entre os 14-17 anos), porque a escrita é fácil de ler, as ideias são claras e o delineamento da história é coerente. Este livro trouxe-me algo que foi debatido, usado e reutilizado, mas de forma completamente inovadora, e isso foi aquilo de que mais gostei no livro.

        Após a leitura, o livro lembrou-me vagamente sobre o 1º Conflito Mundial, porque ambos são cenários de guerra, onde o desespero leva as personagens a fazer coisas inimagináveis, como matar um amigo para salvar uma cidade. Lembrou-me a I  Grande Guerra pois, assim como na história, o ambiente estava calmo (deduzo, pois este livro tem passagens do primeiro volume, o me que dá essa  sensação, mas o Insurgente é inteiramente coberto de guerras), mas, num ápice, toda a gente estava a fazer aliados, inimigos e a preparar armadilhas. Como já vi e já li sobre as pelejas mundiais, este livro não me afetou assim tanto emocionalmente, mas uma guerra é uma guerra, e não consigo deixar de ficar com receio pelas personagens durante o desenrolar da ação.  Já tinha lido sobre guerras, como disse, portanto o livro lembrou-me dessas tais vezes em que estava fascinado a ler sobre o que de bom e mau ocorreu durante os conflitos mundiais.

        Recomendo, por conseguinte, a obra, tanto a jovens leitores que estão a começar a sua aventura pelo mundo da leitura, como a leitores mais experientes, porque este livro é muito emotivo e foi uma leitura fantástica.

Ficha técnica: Insurgente, de Veronica Roth, Porto Editora, 376 pág., 2015

Classificação: 5/5 💛💛💛💛💛


José Miguel, 10ºA

 


Sem comentários:

Enviar um comentário